terça-feira, 9 de novembro de 2021

História da arte negra: Resistência e conquistas


 Esse trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica sobre o contexto histórico da luta e resistência negra.

A história foi marcada por vários episódios de luta em defesa de direitos, que garantem dignidade e respeito. A cultura afro-brasileira é uma herança deixada pelo povo africano escravizado trazido para Brasil.

A Bahia é o estado, cuja população majoritariamente por negros e negras, que a resistência passa pelo enfretamento á visão eurocêntrica.

Arte que faz luta, o movimento negro no Brasil surge de forma precária e clandestina, dentre eles um dos mais conhecidos é zumbi de Palmares que foi uma liderança negra que nasceu no estado de Alagoas em 1655. É considerado símbolo de resistência por ter sido o ultimo Rei do Quilombo dos Palmares, que era comunidade formada por escravos fugidos das fazendas que se transformavam em centro de resistência.

 

O samba e o carnaval também conhecida como arte da comunidade preta. O samba é dos pilares da riqueza, mais a arte não se limita a isso, nossa riqueza está nas artes e na africanidade. Somos herdeiros de um povo que sofreu muito: mistura de luta, arte e história.

Exemplos de processo de resistência e do papel histórico que as lutas antirraciais possuem são: o afoxé vinculado às praticas do candomblé, a capoeira, samba de roda do recôncavo baiano que é reconhecido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura), como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, por ser uma das expressões musicais, coreográficas, poéticas e festivas mais importantes da nossa cultura.

 

A história brasileira é, e foi muito marcada por vários episódios de luta popular em defesa de direitos para os negros, que garantem dignidade, respeito e, acima disso, a vida. É neste contexto, que o povo negro, vítima da diáspora que os retirou do seu continente de origem – África(africana) -, conduziu o enfrentamento cotidiano na defesa de todas as dimensões sociais e culturais que reafirmam o lugar de protagonismo na construção de uma identidade e representatividade social.

Na Bahia, estado brasileiro cuja população ser a maior composta por negros e negras, a professora Railma Souza explica que a resistência passa, em primeiro lugar, pelo enfrentamento de seus direitos.

Nesse sentido, Railma considera fundamental romper com essas noções e tentar compreender a complexidade das expressões da cultura do povo negro, do povo indígena, africano.

Ao compreender essas questões, a yalorixá Jaciará Ribeiro, afirma que o racismo tem matado homens, mulheres, jovens e o processo de organização e valorização do candomblé, enquanto um instrumento de resistência e reafirmação de uma identidade de luta, tem trabalhado no resgate da autoestima, no acolhimento de famílias, jovens e mulheres. E desta forma, com terreiros de candomblé, e manifestações negras e afro-culturais, são respeitados.

A Arte que faz luta:

Um exemplo desse processo de resistência e do papel histórico que as lutas antirracistas possuem, os afoxés, têm protagonismo por serem uma manifestação artístico-religiosa vinculada às práticas do candomblé. Segundo o projeto Afreaka, essa foi a primeira manifestação negra a desfilar pelas ruas da Bahia, em 1885. Dentre os afoxés mais tradicionais baianos estão o Filhos de Gandhy, em Salvador, e o Filhos da Luz, em Feira de Santana.

Importante destacar também a capoeira, originada no século XVII, desenvolveu-se como uma estratégia dos povos africanos escravizados para cultivarem a sociabilidade e lidarem com a violência do período escravista, e ser uma forma de proteção e de enfrentar os senhores de engenho ou até mesmo na hora de fugir, presente em todo o território nacional e em mais de 160 países, segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN); e o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, que é reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, por ser uma das expressões musicais, coreográficas, poéticas e festivas mais importantes de nossa cultura. Já o samba foi uma dança cultural também originalizada pelos negros e escravos da época, como uma forma de distração e diversão.

Uma festa que mobiliza multidões de todo estado é a “Boa Morte”, que é organizada pela Irmandade da Nossa Senhora da Boa Morte, confraria que reúne apenas mulheres negras e que surgiu nas primeiras décadas do século XIX, em Salvador, e depois migrou para Cachoeira, no Recôncavo. Ainda hoje em dia estas festas ocorrem muito, por multidões de mulheres, em Salvador, no Pelourinho.

Ao problematizar o papel político dessas manifestações artísticas, Ivannide Santa Bárbara, do Movimento Negro Unificado (MNU), destaca que o racismo promove uma “folclorização” da cultura negra. Neste contexto, Hely Pedreira, professora de escolas em áreas quilombola de Feira de Santana, fala sobre a Lei 10.639/03, que trata do ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira nas escolas como uma conquista, ainda que tenha seus limites. Para ela, a cultura tem um importante papel na sala de aula. “Com certeza a questão cultural é um aliado de muito peso, pois traduz a questão identitária dos sujeitos e suas representações. Acredito que a valorização cultural pode ser a ponta de lança na efetivação de uma educação que emancipa e empodere os seus sujeitos”, afirma, a professora.

Os povos negros, e afrodescendentes hoje em dia, ainda continuam sofrendo com ataques e negatividade. Mas, com o passar dos tempos, entre o século XIX, até os tempos de hoje em dia foram criados os direitos dos negros e escravos. E assim eles foram tendo mas liberdade de posse, e o poder de voz, para a sua própria defesa e normalização desta convivência em sociedade. Assim, a facilidade de maiores conquistas e mais direitos sociais.

As mulheres negras e escravas, também sofriam em suas casas, e em casas de engenho. Em casa tinham seus filhos e maridos, roupas para lavar... Já no engenho seu trabalho era muito pouco valorizado, e o sofrimento era grande. Hoje em dia podemos ver que com os avanços da sociedade brasileira e seus direitos a mulheres negras, estão cada vez melhores, mas ainda não é fácil. Mulheres negras, sempre são muito atingidas pela sociedade, pelo seu tom de pele. E são muito desvalorizadas, principalmente quando estão representando sua religião.

Crianças também eram muito atingidas na época, mas isso mudou. Hoje em dia as crianças negras, tem seus direitos independente de seu tom de pele. Hoje são levadas a escolas, tem acesso a comida e a brincadeiras.


Símbolo representante da

Luta do negros.


 Resistência


Referências:

 

ALBUQUERQUE, Wlamyra e FRAGA FILHO, Walter. Uma história do negro no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Cultural Palmares, 2006.

BOTELHO, André; SCHWARCZ, Lilia Moritz. Cidadania, um projeto em construção: minorias, justiça e direitos / André Botelho, Lilia Moritz Schwarcz. 1ª. ed. – São Paulo: Claro Enigma, 2012.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nº 1/92 a 53/06 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6/94. – Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2007.

Brasil de Fato ( a cultura negra e resistência de um povo )                                                          



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