quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Brincadeiras afro

 Alunos: Abraão Hipólito, Pedro Carmo e Rodrigo de Jesus



Brincadeiras Afro

Brincadeiras africanas – Dia da Consciência Negra


A cultura brasileira guarda importantes traços que foram herdados da cultura africana. Esta, por sua vez, chegou ao nosso país por conta das pessoas que foram escravizadas e trazidas até o Brasil durante o período colonial.

Vale lembrar que muitas vezes, e em muitos aspectos, as pessoas enxergam o continente africano de forma homogênea, enquanto na verdade, ele é um verdadeiro mosaico de povos e culturas. Sendo assim, é impossível pensar em tradições únicas.

Isso reflete diretamente da cultura brasileira, já que a religião, a cultura e os costumes de cada um dos povos têm grande participação da formação das tradições nacionais.

Entre os povos trazidos para o Brasil, estão os bantos, nagôs, jejes, hauçás e malês. Ainda que a cultura desses povos tenha sido duramente reprimida pelos portugueses, a herança na culinária, religião, música e outros aspectos são inegáveis.

Outro ponto muito importante, que não pode ser esquecido, são as brincadeiras. Mesmo que a vida dos escravos tenha sido extremamente dura, quase sempre em condições sub- humanas, a tradição oral, aquela passada de pai para filho, é a grande responsável por não deixar que esses brincadeiras sejam esquecidas.

Confira a seguir uma lista de brincadeiras africanas. Ótimas opções para serem trabalhadas durante todo o ano, em 21 de novembro, Dia da Consciência Negra, elas ganham uma motivação a mais.

Acompanhe meus pés

Com origem no Zaire, a brincadeira é uma ótima opção para trabalhar

a memória das crianças. Para brincar elas devem formar um círculo enquanto o líder canta e bate palma.

Em um determinado momento, ele para na frente de uma criança e faz um tipo de dança. Se ela conseguir imitar os passos será o próximo líder. Se não, este escolherá outra pessoa e novamente faça a dança, até que o novo líder seja definido.

A brincadeira dura o tempo estipulado pelo professor, ou até que as crianças mostrem-se cansadas.




Pegue a cauda

Para brincar dessa brincadeira que tem origem nigeriana é muito simples.

A turma é dividida em duas equipes, que formarão filas, com os coleguinhas se segurando pelos ombros ou cintura.

A última pessoa da fila vai colocar um lenço em seu bolso ou cinto, e o objetivo é que a primeira conduza os demais para tentar agarrar o lenço. Vence a equipe que conseguir agarrá-lo primeiro.








Saltando o feijão

De origem nigeriana, o único material necessário para desenvolver a brincadeira é uma corda. Um dos participantes será escolhido para ser o “balançador”, que será o responsável por girar uma corda no chão.

Os demais formarão um círculo ao seu redor e quando o balançador gira a corda no chão os colegas devem saltá-la sem que sejam atingidos. Se isso acontecer, o participante estará fora da competição. Aquele que ficar por último será o vencedor.



Escravos de Jó

Uma das cantigas brasileiras mais conhecidas, a brincadeira pode ser inúmeras variações entre as regiões do Brasil. Para começar, é necessário ter ao menos dois participantes para brinca.

Uma das formas mais conhecidas de brincar de escravos de Jó é a sincronização dos movimentos. Cada jogador recebe um pedrinha e o objetivo é executar todos os movimentos sem errar nenhum.Juntos, em formato de círculo, todos começam a cantar a música. Nas primeiras fases, as pedrinhas são transferidas para o colega que está do lado direito, ou seja, em sentido anti-horário.


Quando chegar no verso “Tira, põe, deixa ficar”, todos obedecem o que diz a letra da música. No verso seguinte a passagem de pedrinhas é retomada, até que no trecho “Fazem zig-zig-zá” as pedras são movimentadas, mas sem entregá-las a ninguém.

Os jogadores que errarem algum movimento serão eliminados da competição, até que reste apenas o vencedor. Confira, a letra mais tradicional da cantiga:

“Escravos de jó Jogavam cachangá Tira, põe, deixa ficar Guerreiros com guerreiros Fazem zig-zig-zá Guerreiros com guerreiros Fazem zig-zig-zá”




Mamba

A brincadeira é tradicional da África do Sul. Para brincar de mamba é necessário delimitar um certo espaço no chão e todos que estiverem brincando devem ficar dentro do espaço. Somente um dos participantes ficará de fora. A mamba (ou cobra), ficará correndo ao redor do espaço demarcado com o intuito de pegar quem estiver dentro dele.

Quando um deles for pego, ele precisa segurar nos ombros ou cintura da mamba e assim por diante. Somente o que está em primeiro lugar da fila poderá pegar os demais colegas, entretanto, os membros da fila poderão ajudá-lo, uma vez que eles não podem passar pelo corpo da cobra. Vence a brincadeira o último que for pego.






Pengo Pengo

Antes de começar a brincadeira o educador escolherá duas crianças para serem os líderes. Quando eles forem escolhidos, cada um dos participantes se dirigirá até eles, que por sua vez, pedirão para os colegas escolherem entre carne e arroz ou azul e verde.

Conforme as escolhas forem acontecendo, os participantes vão se posicionando atrás do líder que caracteriza sua escolha, formando um fila ligada pelas mãos. Segurando as mãos dos oponentes, os líderes dão início a um cabo de guerra. Vence a equipe que conseguir arrastar o líder adversário.



Terra-mar

Originária de Moçambique, a brincadeira é muito fácil de ser executada.

Basta riscar uma extensa linha no chão. De um lado deve-se escrever a palavra “terra” e do outro lado, a palavra “mar”. No começo todos podem ficar na terra.

Porém, quando o professor gritar “mar!” todos devem pular para o lado contrário. O procedimento vai se repetindo, e o interessante é que as ordens sejam dadas cada vez mais rápidas. Aqueles que foram errando o lado vão sendo eliminados, até que aquele que ficar por último seja o vencedor.



Obwisana


Sentados em círculo, os alunos passam uma pedra de mão em mão, batendo- a no chão conforme o ritmo da música a seguir.

“Obwisana sa nana Obwisana sa Obwisana sa nana Obwisana as.”

Podem ser usadas duas ou mais pedras, mas sempre passando-as aos colegas. O interessante desta brincadeira cantada é despertar a sonoridade, e a coordenação entre a letra da música e o barulho feito.





Desenhando um baobá

O baobá é uma árvore africana com uma forma bem peculiar e aparece em várias lendas, contos e tradições africanas. Enquanto aprendem a desenhar o formato da árvore, as crianças podem ouvir histórias sobre ela.

Jogo da memória

A África é dividida em mais de 50 países. Escreva os nomes deles e suas capitais em pedacinhos de cartolina. Ganha o jogBo quem juntar mais países e capitais.

Dança no ritmo do outro

A ideia é criar uma dança coletiva com sons e passos. A primeira pessoa bate palmas e faz um movimento, a segunda repete e cria mais um, assim por diante. Quando voltar para quem começou a brincadeira, o desafio continua e vai ficando mais difícil.

Jogo da Jibóia (de Gana)


Desenhe um quadrado no chão. Um participante entra no quadrado e o outros andam em volta do quadrado. Quem está dentro tenta tocar os outros. Quem for tocado entra também e ajuda a capturar os outros. O último é o vencedor.


Terra e mar

Faça uma linha no chão ou use uma corda. De um lado é a terra e do outro o mar. Quando o líder gritar terra, todos pulam para o lado da terra. Quando gritar mar, o pessoal pula para o mar. Sai da brincadeira quem errar.

Pilha de sapatos

Todos sentam em círculo e um por vez vai equilibrando um pé de sapato ou chinelo na pilha. Não pode deixar a pilha cair.

Labirinto de Moçambique

Com um giz, desenha-se um labirinto no chão e as crianças devem começar na extremidade externa do desenho (elas podem ficar em pé ou usar uma pedra para representar cada jogador). Para avançar pelo caminho, os jogadores tiram par ou ímpar e o vencedor de cada rodada avança para a posição seguinte. Isso se repete várias vezes e quem chegar ao final primeiro ganha a partida.

Chocalho

Separe um potinho de plástico pequeno, coloque um pouco de milho e pedrinhas. Teste para ver se o som está bom. Tampe a abertura do potinho e decore com desenhos africanos e adereços. Se for usar cola quente, peça ajuda de um adulto.



Teatro de lanterna

Apague todas as luzes e use uma lanterna para projetar as sombras das mãos em uma parede. Crie personagens e cada um precisa inventar suas falas dentro do enredo proposto para a história.

Mbube: Chamar o leão

Dois participantes ficam vendados e vão representar o leão e a presa Ambos ficam dentro de uma área limitada e devem se mover devagar. Quando o leão estiver perto da presa todos devem falar "Mbube, mbube" mais alto Se ele estiver longe os demais participantes falam baixinho "Mbube, mbube" Assim o som das pessoas vai guiando tanto o leão quanto a presa.


Jogo dos feijões

Separe um saquinho de pano e distribua três feijões para cada participante. Cada um separa e coloca um pouco dos seus feijões no saco. Um participante precisa adivinhar quantos feijões os outros colocaram no saco. A cada acerto ele tira um dos seus feijões do jogo. Quem acertar três vezes ganha.


Máscara Africana com papelão

As máscaras africanas são elementos culturais de extrema importância para os diversos povos que integram a África, sobretudo para os países da região subsaariana, localizada ao sul do deserto do Saara. São muitos os tipos, significados, usos e materiais que compõem essas peças, sendo que um mesmo povo pode ter várias máscaras diferentes. Depois de pesquisar sobre o assunto na internet, as crianças pode fazer suas máscaras com papelão, papel sulfite, tinta guache, giz de cera, tesoura, cola e elástico.

Matakuza

Desenhe um círculo de 15 cm de diâmetro em um papel e recorte. Coloque o círculo no chão e encha ele de tampinhas de garrafa pet. Cada participante fica com uma outra tampinha na mão que deve ser arremessada para o alto, enquanto o mesmo participante tenta tirar uma ou mais tampinhas do círculo e cada uma vale um ponto. A tampinha atirada para o alto deve ser apanhada pelo participante ainda no ar. Se ela cair, não valem os pontos.


Referência



https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2015/11/Apostila-Jogos-infantis-africanos-e- afro-brasileiros.pdf

almapreta.com

escolaeducacao.com.br

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