quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Contação de história

Narração de histórias


Narração de história também conhecido como contação de história é a atividade que consiste em transmitir eventos na forma de palavras, imagens, e sons muitas vezes pela improvisação ou embelezamento. História ou narrativas foram compartilhadas em cada cultura e em toda a terra como um meio de entretenimento, educação, prevenção da cultura e para incutir valores morais. Elementos cruciais de histórias e narrativas incluem enredo e personagem, bem como o ponto de vista narrativo.


O caráter educativo da contação de histórias


Contar histórias é um meio de compartilhar e interpretar experiências e memórias. Peter L. Berger diz que a vida humana está enraizada narrativamente, uma vez que os humanos constroem suas vidas e moldam seu mundo em casas em termos dessas bases e vivências. As histórias são universais porque podem fazer a ponte entre as diferenças culturais, linguísticas e relacionadas à idade. A narrativa pode ser adaptativa para todas as idades, deixando de fora a noção de segregação por faixa etária. A narração de histórias também pode ser usada como um método para ensinar ética, valores, normas e diferenças culturais. 

A aprendizagem é mais eficaz quando ocorre em ambientes sociais que fornecem pistas sociais autênticas sobre como o conhecimento deve ser aplicado, pois as histórias funcionam como uma ferramenta para transmitir conhecimentos em um contexto social. Portanto, toda história tem 3 partes. Primeiro, a configuração (o mundo do herói antes do início da aventura). Em segundo lugar, o confronto (o mundo do herói virou de cabeça para baixo). Terceiro, a resolução (o herói vence o vilão, mas não é o suficiente para o herói sobreviver. O herói ou o mundo devem ser transformados). Qualquer história pode ser enquadrada nesse formato.  

O conhecimento humano é baseado em histórias e o cérebro humano consiste na maquinaria cognitiva necessária para compreender, lembrar e contar histórias.  Os humanos são organismos contadores de histórias que, tanto individual quanto socialmente, levam vidas históricas.  Isso posto, as histórias espelham o pensamento humano como os humanos pensam em estruturas narrativas e na maioria das vezes se lembram dos fatos na forma de histórias. Os fatos podem ser entendidos como versões menores de uma história maior, portanto, a narrativa pode complementar o pensamento analítico. Porque contar histórias requer sentidos auditivos e visuais dos ouvintes, pode-se aprender a organizar sua representação mental de uma história, reconhecer a estrutura da linguagem e expressar seus pensamentos.  

As histórias tendem a se basear no aprendizado experimental, mas aprender com uma experiência não é automático. Frequentemente, uma pessoa precisa tentar contar a história dessa experiência antes de perceber seu valor. Nesse caso, não é apenas o ouvinte que aprende, mas o narrador que também toma consciência de suas experiências e antecedentes únicos.  Este processo de contar histórias é muito rico, pois o narrador transmite ideias de forma eficaz e, com a prática, é capaz de demonstrar o potencial da realização humana, reavivando suas memórias.


  A Divisões do texto Narrativo

Existem muito estudos sobre a divisão literária infantil, e sobre cada um detidamente. Um dos estudos mais conhecidos e difundidos no mundo é de “Aarne-Thompson” que definia em três grandes grupos, com centenas de outras vertentes cada, a saber:

  • Contos de animais;

  • Contos comuns;

  • Anedotas, ou facécias.

 


As Características do Conto Popular

Para Câmara Cascudo, um conto deve ser enraizado no imaginário do povo de determinado lugar, mesmo que ele surge com variações em muitas regiões. A memória coletiva é o autor daquela história, não traz referência de localidade específica, nem indivíduos determinados, revelando ações, razões e personagens arquetípicos, facilmente reconhecíveis pela cultura dos seus moradores locais. Cascudo cita quatro características essenciais para que um conto seja reconhecido como popular:

  • Antiguidade;

  • Anonimato;

  • Divulgação;

  • Persistência.

Uma das características que é alvo de nosso estudo, a “divulgação”, pressupõe que a transmissão mais importante daquele conto seja pela oralidade, a fim de manter viva a história na cultura de uma certa comunidade. Mesmo que o conto que seja colhido e registrado para preservação histórica e estudo, naquela região ele deve persistir oralmente para que seja popular.

Tal qual Aarne-Thompson, mas indo além de uma divisão, Câmara Cascudo promoveu uma sistematização conceitual dos contos, com critérios literários ligados não só ao tipo de texto, mas a sua estrutura e temas recorrentes:

  • Contos de encantamento: magias, contos de fadas, supernatural.

  • Contos de exemplo: bem versus mal, intrigas, heróis, inversões.

  • Contos de animais: fábulas, personagens animais com ações humanas.

  • Facécias: troça, desdenho, ridicularização, personagem popularesco

  • Contos religiosos: intervenção divina, fé, crendices e superstição.

  • Contos etiológicos: o “por que” das coisas

  • Demônio logrado: acordos e apostas com o diabo em que ele perde.

  • Contos de adivinhação: charadas, enigmas provas de conhecimento.

  • Natureza denunciante: elementos naturais revelam crimes, segredos.

  • Contos acumulativos: encadeamento de ações, repetições gradativas.

  • Ciclo da morte: a morte vence engodos e peripécias do homem.

  • Tradição: da sabedoria popular das coisas e da natureza

 

 

O resumo acima é sem dúvida, sintética e simplista, mas nos leva a perceber que muitos dos contos que ouvimos quando crianças, ou lemos nos livros destinados às crianças, encaixam-se perfeitamente em pelo menos uma das divisões, senão em duas.

A partir de agora, toda vez que um conto for citado no curso, ou fora dele, tente imaginar em que divisão ele se encaixa. Estude seus elementos e entenda a construção histórico-popular do texto.

 

Leia o Poema:


Consciência Negra


Consciência de raça


Consciência de cor


Consciência de seu papel


Consciência de seu valor


Consciência libertária


Consciência que faz acontecer


Consciência Igualitária


Consciência para se viver


Consciência das diversidades e crenças


Consciência de que o mundo tem várias cores


Consciência de que é preciso mais respeito


Consciência de alguns valores


Consciência de que não há diferença


Consciência de que somos todos iguais Consciência de que preconceito é doença


Consciência de que o amor vale mais


Um poema de Leandro Flores

 

Vídeo com uma pequena história: 

https://youtube.com/watch?v=MI0eVD0gCeM&feature=share

 

As cores de cada um: 

 

Todos nós temos um órgão que cobre todo nosso corpo:  A pele de cores diferentes... e todas são lindas! existem em tom de peles escuras, e outras mais claras. E cabelos com cores diferentes também! Mesmo que todos nós tenhamos diferente cores de pele e cabelo. Somos todos iguais por dentro. todos nós temos um coração, cérebro, e ossos dentro de nossos corpos. Todos somos iguais e merecemos respeito, atenção e amor. Com respeito podemos tornar o mundo, um lugar melhor para se viver! Todos têm sua beleza e importância no mundo, cada um do seu jeitinho!

 20 DE NOVEMBRO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


Autor: Ziraldo
O Menino Marrom conta a historia da amizade entre dois meninos, um negro e um branco. Através da convivência aventureira dessas crianças ao longo de suas vidas, o autor pontua as diferenças humanas, realçando os preconceitos em alguns momentos.

Foi uma tarde, os dois meninos, brincavam com suas cores, quando o menino marrom misturou todas as tintas que tinha na caixinha de aquarela, todas as cores do arco íris,
E aí, sabe o resultado que deu?
A mistura das cores todas criou um marrom. Um marrom forte como o do chocolate puro.
O menino marrom olhou para aquela cor que ele tinha inventado e falou: ‘Olha aí. É a minha cor!”
Os olhinhos do menino cor-de-rosa brilharam como eles brilharam diante de suas descobertas. E ele disse: “sua cor é a soma de todas as cores!”
O menino marrom ficou todo feliz. Criou sua cor e achou que era bom.
Justo no dia seguinte, na escola, a tia levou toda a turma para o laboratório do colégio para dar algumas explicações sobre cores, Quando os dois souberam que o assunto era cor, ficaram muito excitados. E que eles iam revelar aos coleguinhas sua grande descoberta.
“Eu chego e conto ? “Perguntou o menino cor-de-rosa.
“Não” disse o menino marrom. “deixa a professora falar primeiro, depois nós damos o nosso show”.
Eles estavam convencidos de que iriam brilhar na visita ao laboratório da escola. E, enquanto todo mundo ria, falava, mexia nas cores, acendia luzes, desligava projetores, eles estavam caladinhos num canto num canto para fazer a grande revelação na hora exata.
Aí, chegou a hora. A professora resolveu mostrar para eles o Disco de Newton. Todo mundo conhece o Disco de Newton, não é verdade? Todo mundo já foi ao laboratório da escola, certo? Ou sua escola não tem laboratório.
Bem, essa é uma outra história e é o Ministério da Educação que tem que resolver. Deixa a gente contar a nossa, que felizmente tem um laboratório instalado na escola. E ali tinha o Disco de Newton.
O Disco de Newton é o seguinte: um pequeno círculo de metal, plano como um disco comum, dividido em raios (como uma roda de bicicleta). São sete espaços entre os raios, cada espaço com uma das cores do arco-íris. O disco gira em pé, como uma pequena roda-gigante, tocado por uma manivela. Você toca a manivela bem depressa, o disco vai girando, girando e aí, o que acontece com as sete cores? O quê?
Isto é o que os meninos iam descobrir naquela manhã, na escola. A professora mostrou o disco para eles – tinha uns meninos pequenininhos, tão agitadinhos que nem estavam ligando para aquela história – e perguntou: “Se eu misturar todas essas cores, o qeu é que elas viram?”
O menino marrom gritou, rápido: “Viram marrom!” E olhou orgulhoso para os outros. Só que ele esperava aplausos e levou o maior susto. A professora disse: “Não.” E continuou: “Vejam: eu vou rodar este disco bem depressa e vou misturar todas as cores nesta rodada. Prestem atenção, fiquem de olho no disco.”
E todos prestaram atenção. O disco foi girando, girando, e de repente, ficou todo branco. E a professora explicou: “Viram? O branco não é uma cor. O branco é a soma de todas as cores em movimento.”
“Com esta eu não contava” falou o menino marrom.
“Nem eu” falou o menino cor-de-rosa.
Os dois voltaram para casa calados, com a cabecinha fervendo.
A coisa tinha ficado desse jeito: se misturar todas as cores e elas não girarem, elas ficam marrom. Se misturar todas cores – em parte iguais _ e bota-las para rodas, elas viram o branco.
Estava tudo assim, quando, de repente, o menino marrom falou para o menino cor-de-rosa: “Quer dizer que eu sou todas as cores paradas e você é todas as cores em movimento?”
O menino cor-de-rosa pensou um pouco e respondeu: “Só um detalhe: eu não sou branco!”
Pronto. Agora, é que as coisas complicaram de vez...
E começou aquela discussão: o que é realmente branco na Natureza?
O tipo da pergunta de menino curioso!
E quando os dois chegaram em casa, estavam encantados com uma nova descoberta: o mundo não é dividido entre pessoas brancas e pretas.
Mesmo porque elas não existem!

O que existe - que boa descoberta! - é gente marrom, marrom-escuro, marrom-claro, avermelhada, cor-de-cobre, cor-de-mel, charuto, pardo, castanha, bege. flicts, esverdeada, creme, marfim, amarelada, ocre, café-com-leite, bronze, rosada, cor-de-rosa e todos esses nomes aproximados e compostos das cores e suas variações.

Biografia: 

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Narra%C3%A7%C3%A3o_de_hist%C3%B3rias


https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Narra%C3%A7%C3%A3o_de_hist%C3%B3rias

 

https://contadoresdehistorias.com.br/blog/os-tipos-de-contos-e-historias/


https://contadoresdehistorias.com.br/blog/os-tipos-de-contos-e-historias/












Imagens  Contação de história

    Boneca ao lado de urso de pelúcia

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Desenho de um urso de pelúcia

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Mulher com criança no colo

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Uma imagem contendo pessoa, criança, jovem, grama

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Loja com fachada vermelha e amarela

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