Narração de histórias
Narração de história também conhecido como contação de história é a atividade que consiste em transmitir eventos na forma de palavras, imagens, e sons muitas vezes pela improvisação ou embelezamento. História ou narrativas foram compartilhadas em cada cultura e em toda a terra como um meio de entretenimento, educação, prevenção da cultura e para incutir valores morais. Elementos cruciais de histórias e narrativas incluem enredo e personagem, bem como o ponto de vista narrativo.
O caráter educativo da contação de histórias
Contar histórias é um meio de compartilhar e interpretar experiências e memórias. Peter L. Berger diz que a vida humana está enraizada narrativamente, uma vez que os humanos constroem suas vidas e moldam seu mundo em casas em termos dessas bases e vivências. As histórias são universais porque podem fazer a ponte entre as diferenças culturais, linguísticas e relacionadas à idade. A narrativa pode ser adaptativa para todas as idades, deixando de fora a noção de segregação por faixa etária. A narração de histórias também pode ser usada como um método para ensinar ética, valores, normas e diferenças culturais.
A aprendizagem é mais eficaz quando ocorre em ambientes sociais que fornecem pistas sociais autênticas sobre como o conhecimento deve ser aplicado, pois as histórias funcionam como uma ferramenta para transmitir conhecimentos em um contexto social. Portanto, toda história tem 3 partes. Primeiro, a configuração (o mundo do herói antes do início da aventura). Em segundo lugar, o confronto (o mundo do herói virou de cabeça para baixo). Terceiro, a resolução (o herói vence o vilão, mas não é o suficiente para o herói sobreviver. O herói ou o mundo devem ser transformados). Qualquer história pode ser enquadrada nesse formato.
O conhecimento humano é baseado em histórias e o cérebro humano consiste na maquinaria cognitiva necessária para compreender, lembrar e contar histórias. Os humanos são organismos contadores de histórias que, tanto individual quanto socialmente, levam vidas históricas. Isso posto, as histórias espelham o pensamento humano como os humanos pensam em estruturas narrativas e na maioria das vezes se lembram dos fatos na forma de histórias. Os fatos podem ser entendidos como versões menores de uma história maior, portanto, a narrativa pode complementar o pensamento analítico. Porque contar histórias requer sentidos auditivos e visuais dos ouvintes, pode-se aprender a organizar sua representação mental de uma história, reconhecer a estrutura da linguagem e expressar seus pensamentos.
As histórias tendem a se basear no aprendizado experimental, mas aprender com uma experiência não é automático. Frequentemente, uma pessoa precisa tentar contar a história dessa experiência antes de perceber seu valor. Nesse caso, não é apenas o ouvinte que aprende, mas o narrador que também toma consciência de suas experiências e antecedentes únicos. Este processo de contar histórias é muito rico, pois o narrador transmite ideias de forma eficaz e, com a prática, é capaz de demonstrar o potencial da realização humana, reavivando suas memórias.
A Divisões do texto Narrativo
Existem muito estudos sobre a divisão literária infantil, e sobre cada um detidamente. Um dos estudos mais conhecidos e difundidos no mundo é de “Aarne-Thompson” que definia em três grandes grupos, com centenas de outras vertentes cada, a saber:
Contos de animais;
Contos comuns;
Anedotas, ou facécias.
As Características do Conto Popular
Para Câmara Cascudo, um conto deve ser enraizado no imaginário do povo de determinado lugar, mesmo que ele surge com variações em muitas regiões. A memória coletiva é o autor daquela história, não traz referência de localidade específica, nem indivíduos determinados, revelando ações, razões e personagens arquetípicos, facilmente reconhecíveis pela cultura dos seus moradores locais. Cascudo cita quatro características essenciais para que um conto seja reconhecido como popular:
Antiguidade;
Anonimato;
Divulgação;
Persistência.
Uma das características que é alvo de nosso estudo, a “divulgação”, pressupõe que a transmissão mais importante daquele conto seja pela oralidade, a fim de manter viva a história na cultura de uma certa comunidade. Mesmo que o conto que seja colhido e registrado para preservação histórica e estudo, naquela região ele deve persistir oralmente para que seja popular.
Tal qual Aarne-Thompson, mas indo além de uma divisão, Câmara Cascudo promoveu uma sistematização conceitual dos contos, com critérios literários ligados não só ao tipo de texto, mas a sua estrutura e temas recorrentes:
Contos de encantamento: magias, contos de fadas, supernatural.
Contos de exemplo: bem versus mal, intrigas, heróis, inversões.
Contos de animais: fábulas, personagens animais com ações humanas.
Facécias: troça, desdenho, ridicularização, personagem popularesco
Contos religiosos: intervenção divina, fé, crendices e superstição.
Contos etiológicos: o “por que” das coisas
Demônio logrado: acordos e apostas com o diabo em que ele perde.
Contos de adivinhação: charadas, enigmas provas de conhecimento.
Natureza denunciante: elementos naturais revelam crimes, segredos.
Contos acumulativos: encadeamento de ações, repetições gradativas.
Ciclo da morte: a morte vence engodos e peripécias do homem.
Tradição: da sabedoria popular das coisas e da natureza
O resumo acima é sem dúvida, sintética e simplista, mas nos leva a perceber que muitos dos contos que ouvimos quando crianças, ou lemos nos livros destinados às crianças, encaixam-se perfeitamente em pelo menos uma das divisões, senão em duas.
A partir de agora, toda vez que um conto for citado no curso, ou fora dele, tente imaginar em que divisão ele se encaixa. Estude seus elementos e entenda a construção histórico-popular do texto.
Leia o Poema:
Consciência Negra
Consciência de raça
Consciência de cor
Consciência de seu papel
Consciência de seu valor
Consciência libertária
Consciência que faz acontecer
Consciência Igualitária
Consciência para se viver
Consciência das diversidades e crenças
Consciência de que o mundo tem várias cores
Consciência de que é preciso mais respeito
Consciência de alguns valores
Consciência de que não há diferença
Consciência de que somos todos iguais Consciência de que preconceito é doença
Consciência de que o amor vale mais
Um poema de Leandro Flores
Vídeo com uma pequena história:
https://youtube.com/watch?v=MI0eVD0gCeM&feature=share
As cores de cada um:
Todos nós temos um órgão que cobre todo nosso corpo: A pele de cores diferentes... e todas são lindas! existem em tom de peles escuras, e outras mais claras. E cabelos com cores diferentes também! Mesmo que todos nós tenhamos diferente cores de pele e cabelo. Somos todos iguais por dentro. todos nós temos um coração, cérebro, e ossos dentro de nossos corpos. Todos somos iguais e merecemos respeito, atenção e amor. Com respeito podemos tornar o mundo, um lugar melhor para se viver! Todos têm sua beleza e importância no mundo, cada um do seu jeitinho!
20 DE NOVEMBRO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Biografia:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Narra%C3%A7%C3%A3o_de_hist%C3%B3rias
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Narra%C3%A7%C3%A3o_de_hist%C3%B3rias
https://contadoresdehistorias.com.br/blog/os-tipos-de-contos-e-historias/
https://contadoresdehistorias.com.br/blog/os-tipos-de-contos-e-historias/
Imagens Contação de história
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