segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Apresentação

Blog criado pelos alunos do 6º ano/2021 do Colégio Educandário Mariano - Simões Filho - BA.

Pensando na importância do dia 20 de Novembro para a nossa sociedade que ainda tem tanto para aprender sobre o dia da Consciência negra, sobre racismo, respeito, amor ao próximo.

As pesquisas foram elaboradas através de buscas em sites, jornais, arquivos, documentários. 

Seja bem-vindo ao nosso blog, é uma alegria ter você aqui conosco.



Moda afro brasileira


A INFLUÊNCIA DA CULTURA AFRO NA MODA BRASILEIRA


A moda sempre foi um diferenciador de classes e grupos, auxiliando assim, nos estudos de sociologia, costumes e história e não à toa é considerada uma das maiores formas de expressão humana, já que é uma maneira das pessoas revelarem com o que se identificam sem de fato emitir uma palavra. Ela é construída a partir das identificações e experiências das pessoas e está em constante evolução, sendo movida pelas tendências. É através dela que podemos perceber as evoluções e mudanças nos tempos, na sociedade, nas relações sociais e, como não poderia deixar de ser, nas evidências das diferenças sociais.

O Brasil, como país plural de referências e costumes culturais, sofreu influência das diversas culturas que para aqui vieram durante o período de colonização, essa influência ocorreu também na nossa moda. As pessoas escravizadas trazidas para o país influenciaram nossos hábitos e costumes, alimentação e também a moda, tendo referências até hoje. Você já pensou quais são nossas tendências que possuem influência da cultura africana? Apesar de ser um assunto difícil de ter acesso, devido ao fato de não termos documentos que contam sobre os hábitos dos negros no brasil na época colonial, podemos fazer uma análise a partir de imagens e descobrir quais as influências da cultura afro na moda:
Foto: Foto: (Annie Spratt)


Os hábitos e costumes dos negros foram se estabelecendo aos poucos no país, e com passar dos anos firmou-se a cultura chamada afro brasileira. A moda com referências desta cultura começou a ter mais força a partir dos anos 90, quando surgiram meios de comunicação voltada para o público preto e sua história, esta moda foi construída baseada em nosso clima tropical e tem grande atuação nas periferias, baseada nos gostos do povo preto, mas também sendo possível ser usada por povos de diferentes etnias.

A cultura africana é marcada pelo uso de variadas cores, estampas e produtos feitos a mão, isto é fácil de ver a referência em nossa moda. Mas você sabe quais são as tendências que vão além dessas referências que receberam influência da cultura africana? Vem que eu vou te contar algumas delas que usamos muito no nosso país e muitas vezes nem sequer sabemos!
Foto: Nataly Neri/Pinterest (e livro Escravos brasileiros do século XIX)

1. Algodão branco

Durante o período escravocrata os negros produziam suas próprias roupas e com o passar do tempo essas roupas foram também usadas pelo colono. O produto que eles tinham acesso era um algodão grosso, que não passava pelo processo de tingimento e, a partir de estudos, foi percebido que neste período iniciamos a produção em massa, já que existiam moldes de diferentes tamanhos para fazer as peças. Hoje, na cultura brasileira e mundial a camiseta branca com calça de linho é um look que atrai muitos usuários.
Foto: Foto: (Manu Gavassi/Instagram e Fonseca/Flicker)


2. Miçangas

Na cultura africana as miçangas são muito utilizadas como adorno, sendo símbolo de beleza, riqueza e proteção; além das peças com significado como figas, búzios e moedas, por exemplo. Analisando a cultura afro-brasileira percebemos que na umbanda, religião que nasceu no Brasil, as miçangas são utilizadas como forma de proteção. Esta é uma tendência no âmbito dos acessórios que, desde 2019, vem crescendo e tendo cada vez mais adeptos no mercado brasileiro. Além disso, em 2016 as chokers de búzios bombaram no nosso verão. Você sabia que este modelo de colar junto ao pescoço também tem origem na cultura africana? Sim, tem!
Foto: Foto: (Luzinete Martinez/Flicker e Martha Medeiros/Instagram)


3. Renda branca em ocasiões festivas

O costume de usar renda branca em eventos também tem origem na cultura afro-brasileira. As mulheres baianas participantes da umbanda usam vestidos de renda branca como uma maneira de barrar energias negativas em dias de trabalho, e é apenas em dias de trabalhos mediúnicos em que elas podem usar essas peças como uma maneira de fazer distinção entre o sagrado e o profano. Analisando nossa cultura atual podemos ver como adaptamos esta cultura e temos o hábito de usar roupas de renda branca em eventos festivos.
Foto: Foto: (Verkko/ Instagram e Annie Spratt)


4. Estampas

A cultura africana em geral, utiliza de várias cores e estampas como símbolos de identidade e prosperidade do grupo e, combinando com nosso clima tropical, esta prática também foi adotada na moda afrobrasileira. Aderimos as cores fortes, estampas geométricas e esta é a tendência mais evidente da influência africana na nossa moda.

A moda é ainda mais divertida quando entendemos sua história, referências e principalmente, a valorizamos. A moda afro-brasileira é forte em diversas maneiras, porém, ainda é pouco retratada nas coleções de estilistas, além de não termos estilistas negros em destaque no mercado. É importante que busquemos nossas referências e história para que a cultura do nosso país seja cada vez mais forte e reconhecida nacional e internacionalmente.


Fonte: https://stealthelook.com.br/a-influencia-da-cultura-afro-na-moda-brasileira/ 

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Relatos pessoais



Relato pessoal de uma aluna: 

"Certa vez eu estava em um lugar e escutei pessoas comentando sobre o meu cabelo, ele é crespo, de acordo com o google é considerado afro, eu escutei palavras como "Duro" "Bucha" e coisas do tipo, fiquei muito triste e muitas vezes isso afetava a minha vida com inseguranças, quando eu era bem pequenininha eu achava que as pessoas faziam amizade apenas se a pessoa tivesse cabelo liso, fosse magrinha e etc, então eu ficava muito triste. 

Hoje em dia eu não ligo muito pra isso, as pessoas que realmente gostam de você, nunca se importaram com a sua aparência, e sim com o caráter. 
As vezes eu fico me sentindo horrível mas lembro que eu tenho amigos de verdade que não se importam com isso."

Enquete

 Utilizando o formulário google foram elaboradas 10 questões (segue a baixo), sobre o dia da consciência negra e sobre o líder Zum do Palmares. Ao todo 59 alunos responderam ao formulário. 

1-    1- Qual dia é comemorado a Consciência Negra?  (58 alunos acertaram)

8 De Maio.

20 de Novembro.

 

2- Em que ano foi fundada? (33 alunos acertaram)

2003

1956

 

3- Porque essa data foi escolhida? (52 alunos acertaram)

Data do nascimento de Zumbi do Palmares.

Data da morte de Zumbi dos Palmares.

 

4- Pelo o que o líder "Zumbi" lutava? (50 alunos acertaram)

Contra a escravidão no Nordeste.

A favor da escravidão.

 

5- Os primeiros africanos trazidos para o Brasil como escravos chegaram aqui em qual ano? (44 alunos acertaram)

2004

1956

1539

 

6-Qual a data da morte do Zumbi dos Palmares? (51 alunos acertaram)

2008

1987

1695

 

7-Porque o Zumbi ganhou respeito e admiração dos compatriotas? (54 alunos acertaram)

Por ser uma pessoa que era escravo.

Devido suas habilidades como guerreiro, a qual lhe conferia coragem, liderança e conhecimentos de estratégia militar.

 

8- Qual o motivo da morte do Líder Zumbi? (55 alunos acertaram)

Por lutar pela libertação dos escravos e conduzir a resistência dos escravos.

Por guerra.

 

9-O que eram Quilombos? (52 alunos acertaram)

Local aonde os escravos eram presos.

Espaço e comunidades formadas por populações que se formaram a partir de situações de resistência territorial, social e cultural.

 

10-De onde vem a palavra Quilombo? (53 alunos acertaram)

Acampamento no mato, esconderijo no mato.

Prisão no mato.


Brincadeiras afro

 Alunos: Abraão Hipólito, Pedro Carmo e Rodrigo de Jesus



Brincadeiras Afro

Brincadeiras africanas – Dia da Consciência Negra


A cultura brasileira guarda importantes traços que foram herdados da cultura africana. Esta, por sua vez, chegou ao nosso país por conta das pessoas que foram escravizadas e trazidas até o Brasil durante o período colonial.

Vale lembrar que muitas vezes, e em muitos aspectos, as pessoas enxergam o continente africano de forma homogênea, enquanto na verdade, ele é um verdadeiro mosaico de povos e culturas. Sendo assim, é impossível pensar em tradições únicas.

Isso reflete diretamente da cultura brasileira, já que a religião, a cultura e os costumes de cada um dos povos têm grande participação da formação das tradições nacionais.

Entre os povos trazidos para o Brasil, estão os bantos, nagôs, jejes, hauçás e malês. Ainda que a cultura desses povos tenha sido duramente reprimida pelos portugueses, a herança na culinária, religião, música e outros aspectos são inegáveis.

Outro ponto muito importante, que não pode ser esquecido, são as brincadeiras. Mesmo que a vida dos escravos tenha sido extremamente dura, quase sempre em condições sub- humanas, a tradição oral, aquela passada de pai para filho, é a grande responsável por não deixar que esses brincadeiras sejam esquecidas.

Confira a seguir uma lista de brincadeiras africanas. Ótimas opções para serem trabalhadas durante todo o ano, em 21 de novembro, Dia da Consciência Negra, elas ganham uma motivação a mais.

Acompanhe meus pés

Com origem no Zaire, a brincadeira é uma ótima opção para trabalhar

a memória das crianças. Para brincar elas devem formar um círculo enquanto o líder canta e bate palma.

Em um determinado momento, ele para na frente de uma criança e faz um tipo de dança. Se ela conseguir imitar os passos será o próximo líder. Se não, este escolherá outra pessoa e novamente faça a dança, até que o novo líder seja definido.

A brincadeira dura o tempo estipulado pelo professor, ou até que as crianças mostrem-se cansadas.




Pegue a cauda

Para brincar dessa brincadeira que tem origem nigeriana é muito simples.

A turma é dividida em duas equipes, que formarão filas, com os coleguinhas se segurando pelos ombros ou cintura.

A última pessoa da fila vai colocar um lenço em seu bolso ou cinto, e o objetivo é que a primeira conduza os demais para tentar agarrar o lenço. Vence a equipe que conseguir agarrá-lo primeiro.








Saltando o feijão

De origem nigeriana, o único material necessário para desenvolver a brincadeira é uma corda. Um dos participantes será escolhido para ser o “balançador”, que será o responsável por girar uma corda no chão.

Os demais formarão um círculo ao seu redor e quando o balançador gira a corda no chão os colegas devem saltá-la sem que sejam atingidos. Se isso acontecer, o participante estará fora da competição. Aquele que ficar por último será o vencedor.



Escravos de Jó

Uma das cantigas brasileiras mais conhecidas, a brincadeira pode ser inúmeras variações entre as regiões do Brasil. Para começar, é necessário ter ao menos dois participantes para brinca.

Uma das formas mais conhecidas de brincar de escravos de Jó é a sincronização dos movimentos. Cada jogador recebe um pedrinha e o objetivo é executar todos os movimentos sem errar nenhum.Juntos, em formato de círculo, todos começam a cantar a música. Nas primeiras fases, as pedrinhas são transferidas para o colega que está do lado direito, ou seja, em sentido anti-horário.


Quando chegar no verso “Tira, põe, deixa ficar”, todos obedecem o que diz a letra da música. No verso seguinte a passagem de pedrinhas é retomada, até que no trecho “Fazem zig-zig-zá” as pedras são movimentadas, mas sem entregá-las a ninguém.

Os jogadores que errarem algum movimento serão eliminados da competição, até que reste apenas o vencedor. Confira, a letra mais tradicional da cantiga:

“Escravos de jó Jogavam cachangá Tira, põe, deixa ficar Guerreiros com guerreiros Fazem zig-zig-zá Guerreiros com guerreiros Fazem zig-zig-zá”




Mamba

A brincadeira é tradicional da África do Sul. Para brincar de mamba é necessário delimitar um certo espaço no chão e todos que estiverem brincando devem ficar dentro do espaço. Somente um dos participantes ficará de fora. A mamba (ou cobra), ficará correndo ao redor do espaço demarcado com o intuito de pegar quem estiver dentro dele.

Quando um deles for pego, ele precisa segurar nos ombros ou cintura da mamba e assim por diante. Somente o que está em primeiro lugar da fila poderá pegar os demais colegas, entretanto, os membros da fila poderão ajudá-lo, uma vez que eles não podem passar pelo corpo da cobra. Vence a brincadeira o último que for pego.






Pengo Pengo

Antes de começar a brincadeira o educador escolherá duas crianças para serem os líderes. Quando eles forem escolhidos, cada um dos participantes se dirigirá até eles, que por sua vez, pedirão para os colegas escolherem entre carne e arroz ou azul e verde.

Conforme as escolhas forem acontecendo, os participantes vão se posicionando atrás do líder que caracteriza sua escolha, formando um fila ligada pelas mãos. Segurando as mãos dos oponentes, os líderes dão início a um cabo de guerra. Vence a equipe que conseguir arrastar o líder adversário.



Terra-mar

Originária de Moçambique, a brincadeira é muito fácil de ser executada.

Basta riscar uma extensa linha no chão. De um lado deve-se escrever a palavra “terra” e do outro lado, a palavra “mar”. No começo todos podem ficar na terra.

Porém, quando o professor gritar “mar!” todos devem pular para o lado contrário. O procedimento vai se repetindo, e o interessante é que as ordens sejam dadas cada vez mais rápidas. Aqueles que foram errando o lado vão sendo eliminados, até que aquele que ficar por último seja o vencedor.



Obwisana


Sentados em círculo, os alunos passam uma pedra de mão em mão, batendo- a no chão conforme o ritmo da música a seguir.

“Obwisana sa nana Obwisana sa Obwisana sa nana Obwisana as.”

Podem ser usadas duas ou mais pedras, mas sempre passando-as aos colegas. O interessante desta brincadeira cantada é despertar a sonoridade, e a coordenação entre a letra da música e o barulho feito.





Desenhando um baobá

O baobá é uma árvore africana com uma forma bem peculiar e aparece em várias lendas, contos e tradições africanas. Enquanto aprendem a desenhar o formato da árvore, as crianças podem ouvir histórias sobre ela.

Jogo da memória

A África é dividida em mais de 50 países. Escreva os nomes deles e suas capitais em pedacinhos de cartolina. Ganha o jogBo quem juntar mais países e capitais.

Dança no ritmo do outro

A ideia é criar uma dança coletiva com sons e passos. A primeira pessoa bate palmas e faz um movimento, a segunda repete e cria mais um, assim por diante. Quando voltar para quem começou a brincadeira, o desafio continua e vai ficando mais difícil.

Jogo da Jibóia (de Gana)


Desenhe um quadrado no chão. Um participante entra no quadrado e o outros andam em volta do quadrado. Quem está dentro tenta tocar os outros. Quem for tocado entra também e ajuda a capturar os outros. O último é o vencedor.


Terra e mar

Faça uma linha no chão ou use uma corda. De um lado é a terra e do outro o mar. Quando o líder gritar terra, todos pulam para o lado da terra. Quando gritar mar, o pessoal pula para o mar. Sai da brincadeira quem errar.

Pilha de sapatos

Todos sentam em círculo e um por vez vai equilibrando um pé de sapato ou chinelo na pilha. Não pode deixar a pilha cair.

Labirinto de Moçambique

Com um giz, desenha-se um labirinto no chão e as crianças devem começar na extremidade externa do desenho (elas podem ficar em pé ou usar uma pedra para representar cada jogador). Para avançar pelo caminho, os jogadores tiram par ou ímpar e o vencedor de cada rodada avança para a posição seguinte. Isso se repete várias vezes e quem chegar ao final primeiro ganha a partida.

Chocalho

Separe um potinho de plástico pequeno, coloque um pouco de milho e pedrinhas. Teste para ver se o som está bom. Tampe a abertura do potinho e decore com desenhos africanos e adereços. Se for usar cola quente, peça ajuda de um adulto.



Teatro de lanterna

Apague todas as luzes e use uma lanterna para projetar as sombras das mãos em uma parede. Crie personagens e cada um precisa inventar suas falas dentro do enredo proposto para a história.

Mbube: Chamar o leão

Dois participantes ficam vendados e vão representar o leão e a presa Ambos ficam dentro de uma área limitada e devem se mover devagar. Quando o leão estiver perto da presa todos devem falar "Mbube, mbube" mais alto Se ele estiver longe os demais participantes falam baixinho "Mbube, mbube" Assim o som das pessoas vai guiando tanto o leão quanto a presa.


Jogo dos feijões

Separe um saquinho de pano e distribua três feijões para cada participante. Cada um separa e coloca um pouco dos seus feijões no saco. Um participante precisa adivinhar quantos feijões os outros colocaram no saco. A cada acerto ele tira um dos seus feijões do jogo. Quem acertar três vezes ganha.


Máscara Africana com papelão

As máscaras africanas são elementos culturais de extrema importância para os diversos povos que integram a África, sobretudo para os países da região subsaariana, localizada ao sul do deserto do Saara. São muitos os tipos, significados, usos e materiais que compõem essas peças, sendo que um mesmo povo pode ter várias máscaras diferentes. Depois de pesquisar sobre o assunto na internet, as crianças pode fazer suas máscaras com papelão, papel sulfite, tinta guache, giz de cera, tesoura, cola e elástico.

Matakuza

Desenhe um círculo de 15 cm de diâmetro em um papel e recorte. Coloque o círculo no chão e encha ele de tampinhas de garrafa pet. Cada participante fica com uma outra tampinha na mão que deve ser arremessada para o alto, enquanto o mesmo participante tenta tirar uma ou mais tampinhas do círculo e cada uma vale um ponto. A tampinha atirada para o alto deve ser apanhada pelo participante ainda no ar. Se ela cair, não valem os pontos.


Referência



https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2015/11/Apostila-Jogos-infantis-africanos-e- afro-brasileiros.pdf

almapreta.com

escolaeducacao.com.br

Contação de história

Narração de histórias


Narração de história também conhecido como contação de história é a atividade que consiste em transmitir eventos na forma de palavras, imagens, e sons muitas vezes pela improvisação ou embelezamento. História ou narrativas foram compartilhadas em cada cultura e em toda a terra como um meio de entretenimento, educação, prevenção da cultura e para incutir valores morais. Elementos cruciais de histórias e narrativas incluem enredo e personagem, bem como o ponto de vista narrativo.


O caráter educativo da contação de histórias


Contar histórias é um meio de compartilhar e interpretar experiências e memórias. Peter L. Berger diz que a vida humana está enraizada narrativamente, uma vez que os humanos constroem suas vidas e moldam seu mundo em casas em termos dessas bases e vivências. As histórias são universais porque podem fazer a ponte entre as diferenças culturais, linguísticas e relacionadas à idade. A narrativa pode ser adaptativa para todas as idades, deixando de fora a noção de segregação por faixa etária. A narração de histórias também pode ser usada como um método para ensinar ética, valores, normas e diferenças culturais. 

A aprendizagem é mais eficaz quando ocorre em ambientes sociais que fornecem pistas sociais autênticas sobre como o conhecimento deve ser aplicado, pois as histórias funcionam como uma ferramenta para transmitir conhecimentos em um contexto social. Portanto, toda história tem 3 partes. Primeiro, a configuração (o mundo do herói antes do início da aventura). Em segundo lugar, o confronto (o mundo do herói virou de cabeça para baixo). Terceiro, a resolução (o herói vence o vilão, mas não é o suficiente para o herói sobreviver. O herói ou o mundo devem ser transformados). Qualquer história pode ser enquadrada nesse formato.  

O conhecimento humano é baseado em histórias e o cérebro humano consiste na maquinaria cognitiva necessária para compreender, lembrar e contar histórias.  Os humanos são organismos contadores de histórias que, tanto individual quanto socialmente, levam vidas históricas.  Isso posto, as histórias espelham o pensamento humano como os humanos pensam em estruturas narrativas e na maioria das vezes se lembram dos fatos na forma de histórias. Os fatos podem ser entendidos como versões menores de uma história maior, portanto, a narrativa pode complementar o pensamento analítico. Porque contar histórias requer sentidos auditivos e visuais dos ouvintes, pode-se aprender a organizar sua representação mental de uma história, reconhecer a estrutura da linguagem e expressar seus pensamentos.  

As histórias tendem a se basear no aprendizado experimental, mas aprender com uma experiência não é automático. Frequentemente, uma pessoa precisa tentar contar a história dessa experiência antes de perceber seu valor. Nesse caso, não é apenas o ouvinte que aprende, mas o narrador que também toma consciência de suas experiências e antecedentes únicos.  Este processo de contar histórias é muito rico, pois o narrador transmite ideias de forma eficaz e, com a prática, é capaz de demonstrar o potencial da realização humana, reavivando suas memórias.


  A Divisões do texto Narrativo

Existem muito estudos sobre a divisão literária infantil, e sobre cada um detidamente. Um dos estudos mais conhecidos e difundidos no mundo é de “Aarne-Thompson” que definia em três grandes grupos, com centenas de outras vertentes cada, a saber:

  • Contos de animais;

  • Contos comuns;

  • Anedotas, ou facécias.

 


As Características do Conto Popular

Para Câmara Cascudo, um conto deve ser enraizado no imaginário do povo de determinado lugar, mesmo que ele surge com variações em muitas regiões. A memória coletiva é o autor daquela história, não traz referência de localidade específica, nem indivíduos determinados, revelando ações, razões e personagens arquetípicos, facilmente reconhecíveis pela cultura dos seus moradores locais. Cascudo cita quatro características essenciais para que um conto seja reconhecido como popular:

  • Antiguidade;

  • Anonimato;

  • Divulgação;

  • Persistência.

Uma das características que é alvo de nosso estudo, a “divulgação”, pressupõe que a transmissão mais importante daquele conto seja pela oralidade, a fim de manter viva a história na cultura de uma certa comunidade. Mesmo que o conto que seja colhido e registrado para preservação histórica e estudo, naquela região ele deve persistir oralmente para que seja popular.

Tal qual Aarne-Thompson, mas indo além de uma divisão, Câmara Cascudo promoveu uma sistematização conceitual dos contos, com critérios literários ligados não só ao tipo de texto, mas a sua estrutura e temas recorrentes:

  • Contos de encantamento: magias, contos de fadas, supernatural.

  • Contos de exemplo: bem versus mal, intrigas, heróis, inversões.

  • Contos de animais: fábulas, personagens animais com ações humanas.

  • Facécias: troça, desdenho, ridicularização, personagem popularesco

  • Contos religiosos: intervenção divina, fé, crendices e superstição.

  • Contos etiológicos: o “por que” das coisas

  • Demônio logrado: acordos e apostas com o diabo em que ele perde.

  • Contos de adivinhação: charadas, enigmas provas de conhecimento.

  • Natureza denunciante: elementos naturais revelam crimes, segredos.

  • Contos acumulativos: encadeamento de ações, repetições gradativas.

  • Ciclo da morte: a morte vence engodos e peripécias do homem.

  • Tradição: da sabedoria popular das coisas e da natureza

 

 

O resumo acima é sem dúvida, sintética e simplista, mas nos leva a perceber que muitos dos contos que ouvimos quando crianças, ou lemos nos livros destinados às crianças, encaixam-se perfeitamente em pelo menos uma das divisões, senão em duas.

A partir de agora, toda vez que um conto for citado no curso, ou fora dele, tente imaginar em que divisão ele se encaixa. Estude seus elementos e entenda a construção histórico-popular do texto.

 

Leia o Poema:


Consciência Negra


Consciência de raça


Consciência de cor


Consciência de seu papel


Consciência de seu valor


Consciência libertária


Consciência que faz acontecer


Consciência Igualitária


Consciência para se viver


Consciência das diversidades e crenças


Consciência de que o mundo tem várias cores


Consciência de que é preciso mais respeito


Consciência de alguns valores


Consciência de que não há diferença


Consciência de que somos todos iguais Consciência de que preconceito é doença


Consciência de que o amor vale mais


Um poema de Leandro Flores

 

Vídeo com uma pequena história: 

https://youtube.com/watch?v=MI0eVD0gCeM&feature=share

 

As cores de cada um: 

 

Todos nós temos um órgão que cobre todo nosso corpo:  A pele de cores diferentes... e todas são lindas! existem em tom de peles escuras, e outras mais claras. E cabelos com cores diferentes também! Mesmo que todos nós tenhamos diferente cores de pele e cabelo. Somos todos iguais por dentro. todos nós temos um coração, cérebro, e ossos dentro de nossos corpos. Todos somos iguais e merecemos respeito, atenção e amor. Com respeito podemos tornar o mundo, um lugar melhor para se viver! Todos têm sua beleza e importância no mundo, cada um do seu jeitinho!

 20 DE NOVEMBRO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


Autor: Ziraldo
O Menino Marrom conta a historia da amizade entre dois meninos, um negro e um branco. Através da convivência aventureira dessas crianças ao longo de suas vidas, o autor pontua as diferenças humanas, realçando os preconceitos em alguns momentos.

Foi uma tarde, os dois meninos, brincavam com suas cores, quando o menino marrom misturou todas as tintas que tinha na caixinha de aquarela, todas as cores do arco íris,
E aí, sabe o resultado que deu?
A mistura das cores todas criou um marrom. Um marrom forte como o do chocolate puro.
O menino marrom olhou para aquela cor que ele tinha inventado e falou: ‘Olha aí. É a minha cor!”
Os olhinhos do menino cor-de-rosa brilharam como eles brilharam diante de suas descobertas. E ele disse: “sua cor é a soma de todas as cores!”
O menino marrom ficou todo feliz. Criou sua cor e achou que era bom.
Justo no dia seguinte, na escola, a tia levou toda a turma para o laboratório do colégio para dar algumas explicações sobre cores, Quando os dois souberam que o assunto era cor, ficaram muito excitados. E que eles iam revelar aos coleguinhas sua grande descoberta.
“Eu chego e conto ? “Perguntou o menino cor-de-rosa.
“Não” disse o menino marrom. “deixa a professora falar primeiro, depois nós damos o nosso show”.
Eles estavam convencidos de que iriam brilhar na visita ao laboratório da escola. E, enquanto todo mundo ria, falava, mexia nas cores, acendia luzes, desligava projetores, eles estavam caladinhos num canto num canto para fazer a grande revelação na hora exata.
Aí, chegou a hora. A professora resolveu mostrar para eles o Disco de Newton. Todo mundo conhece o Disco de Newton, não é verdade? Todo mundo já foi ao laboratório da escola, certo? Ou sua escola não tem laboratório.
Bem, essa é uma outra história e é o Ministério da Educação que tem que resolver. Deixa a gente contar a nossa, que felizmente tem um laboratório instalado na escola. E ali tinha o Disco de Newton.
O Disco de Newton é o seguinte: um pequeno círculo de metal, plano como um disco comum, dividido em raios (como uma roda de bicicleta). São sete espaços entre os raios, cada espaço com uma das cores do arco-íris. O disco gira em pé, como uma pequena roda-gigante, tocado por uma manivela. Você toca a manivela bem depressa, o disco vai girando, girando e aí, o que acontece com as sete cores? O quê?
Isto é o que os meninos iam descobrir naquela manhã, na escola. A professora mostrou o disco para eles – tinha uns meninos pequenininhos, tão agitadinhos que nem estavam ligando para aquela história – e perguntou: “Se eu misturar todas essas cores, o qeu é que elas viram?”
O menino marrom gritou, rápido: “Viram marrom!” E olhou orgulhoso para os outros. Só que ele esperava aplausos e levou o maior susto. A professora disse: “Não.” E continuou: “Vejam: eu vou rodar este disco bem depressa e vou misturar todas as cores nesta rodada. Prestem atenção, fiquem de olho no disco.”
E todos prestaram atenção. O disco foi girando, girando, e de repente, ficou todo branco. E a professora explicou: “Viram? O branco não é uma cor. O branco é a soma de todas as cores em movimento.”
“Com esta eu não contava” falou o menino marrom.
“Nem eu” falou o menino cor-de-rosa.
Os dois voltaram para casa calados, com a cabecinha fervendo.
A coisa tinha ficado desse jeito: se misturar todas as cores e elas não girarem, elas ficam marrom. Se misturar todas cores – em parte iguais _ e bota-las para rodas, elas viram o branco.
Estava tudo assim, quando, de repente, o menino marrom falou para o menino cor-de-rosa: “Quer dizer que eu sou todas as cores paradas e você é todas as cores em movimento?”
O menino cor-de-rosa pensou um pouco e respondeu: “Só um detalhe: eu não sou branco!”
Pronto. Agora, é que as coisas complicaram de vez...
E começou aquela discussão: o que é realmente branco na Natureza?
O tipo da pergunta de menino curioso!
E quando os dois chegaram em casa, estavam encantados com uma nova descoberta: o mundo não é dividido entre pessoas brancas e pretas.
Mesmo porque elas não existem!

O que existe - que boa descoberta! - é gente marrom, marrom-escuro, marrom-claro, avermelhada, cor-de-cobre, cor-de-mel, charuto, pardo, castanha, bege. flicts, esverdeada, creme, marfim, amarelada, ocre, café-com-leite, bronze, rosada, cor-de-rosa e todos esses nomes aproximados e compostos das cores e suas variações.

Biografia: 

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Narra%C3%A7%C3%A3o_de_hist%C3%B3rias


https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Narra%C3%A7%C3%A3o_de_hist%C3%B3rias

 

https://contadoresdehistorias.com.br/blog/os-tipos-de-contos-e-historias/


https://contadoresdehistorias.com.br/blog/os-tipos-de-contos-e-historias/












Imagens  Contação de história

    Boneca ao lado de urso de pelúcia

Descrição gerada automaticamente com confiança média


Desenho de um urso de pelúcia

Descrição gerada automaticamente com confiança média




Mulher com criança no colo

Descrição gerada automaticamente com confiança média
Uma imagem contendo pessoa, criança, jovem, grama

Descrição gerada automaticamente

Loja com fachada vermelha e amarela

Descrição gerada automaticamente com confiança baixaUma imagem contendo pessoa, criança, pequeno, menino

Descrição gerada automaticamente